Jornalista do Al Jazeera pede asilo ao Regime Talibã: "Grávida e solteira, em uma situação complicada"
Charlotte Bellis, uma jornalista da Nova Zelândia, que trabalhou para o canal Al Jazeera, no Catar, descobriu, recentemente, que estava grávida. Como sabe que a realigião muçulmana não admite mulheres grávidas e solteiras, a repórter manteve tudo no mais absoluto sigilo e pediu ao seu país que pudesse voltar com urgência antes que a barriga começasse a aparecer e ela estivesse em situação de perigo.
O problema é que a Nova Zelândia está com medidas bastante restritivas contra a disseminação da Covid-19 desde março de 2020. Os leitos no país para a doença são disputados "à tapa" e apenas para caso mais graves. Bellis comprovou que estava grávida e em situação de máxima emergência teria que deixar o país onde estava, mas o governo neozelandês disse um sonoro "não" para ela.
Desesperada, a comunicadora e o namorado dela, o fotógrafo Jim Huylebroek, que têm vistos vigentes no Afeganistão, não contaram duas vezes e resolveram entrar em contato com o Talibã; explicando a situação. O regime terrorista que massacra o direito de meninas e mulheres, por incrível que pareça, amenizou os desconforto e disse que o casal poderia entrar "sem problemas" no Afeganistão que eles cuidariam da "segurança" da família por lá.
- Estamos felizes por você. Você pode vir e não terá problemas - disse o regime à jornalista.
Revoltada com o ocorrido, Charlotte Bellis denunciou o caso e disse que tudo foi "brutalmente irônico"; já que ela teve que pedir refúgio em um país onde a maior parte de mulheres e meninas não são respeitadas.
O governo da Nova Zelândia agora diz que estuda uma forma de permitir a entrada da conterrânea novamente no país.
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