VÍDEO: SP diz que população de rua cresceu 31% em dois anos, mas padre acusa censo de "mentiroso"

Foi o censo da própria prefeitura de São Paulo que constatou o aumento descomunal no número de pessoas que estão morando nas ruas da capital paulista. Já são quase 32 mil pessoas (31.844), um crescimento de 31% nos dois últimos anos, coincidentemente, anos da pandemia da Covid-19.

Mas, a gestão municipal se antecipa ao dizer que "apenas" 27,9% do total de desabrigados vieram dos anos em que a pandemia se alastrou no Estado de São Paulo e obrigou governador e prefeitos a instituírem o lockdown rígido, que "quebrou" empresas e acentuou a fila dos desempregados. O restante seria consequência dos últimos 5 anos.

Atualmente, são homens, mulheres e crianças com uma barraca ou mesmo sem nada nas ruas frias e violentas da maior capital do Brasil. Os entrevistados não souberam informar quando poderão sair do estado de miséria em que se encontram, mas recordaram muito bem o que os levou a perder tudo: a falta de renda familiar foi o fator determinante.

O coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, padre Júlio Lancellotti, rebateu os dados a menor da prefeitura de SP e afirmou, no Twitter, que o censo excluiu do relatório 7.540 necessitados.

- Está aí: esse censo é uma mentira! - disparou nas redes sociais o religioso responsável por uma ONG que atende aos moradores de rua e realiza um levantamento particular.

O pároco ainda acrescentou que a manipulação dos dados dos sem-teto na cidade e a subnotificação impedem que as políticas públicas sejam satisfatórios e eliminem o problema.

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