Escola renomada de Brasília demite professores que criticavam Bolsonaro em sala de aula

A escola Leonardo da Vinci, uma das mais tradicionais de Brasília, demitiu dois professores que utilizaram o tempo de aula para fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro, alegando que pessoas estavam morrendo de coronavírus em virtude da demora na compra de vacinas pelo Governo Federal. Argumentação que a CPI da Covid, colegiado que investigava a atuação da União durante a pandemia, não conseguiu comprovar no relatório final.

A direção do colégio explicou que todos os docentes são orientados a não comentarem questões políticas em sala de aula. Mas, os professores de química e geografia foram denunciados por pais de alunos várias vezes sobre o tema e, mesmo assim, seguiram conversando sobre assuntos desta natureza.

Diante das reclamações, a escola achou melhor desligar os professores, mas avisou que a avaliação de desempenho profissional deles não foi satisfatória e, por isso, o colégio optou pela demissão.

– A escola é apartidária e pedimos durante o ano para que os colaboradores não se posicionem politicamente. Mesmo que os professores tenham recebido avisos em algum momento, isso é motivo para advertir, mas não para desligar. A decisão de desligar um profissional é amadurecida durante meses e passa por discussão num fórum de diretoria. Em nenhum momento, foi levantada a questão de posicionamento político – frisou Édina Botelho, diretora de recursos humanos e compliance da instituição.

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