“Decepcionada” com a direita, Sara Winter diz que recebia “diretrizes” para atos
A ativista política Sara Winter resolveu abandonar a direita brasileira de vez, após se “decepcionar” com a suposta falta de apoio do Governo Bolsonaro durante a sua prisão.
- Eu me decepcionei demais com o Bolsonaro. O Governo dele foi uma grande ilusão para os conservadores. Eu tenho vergonha de quando saía na rua gritando 'mito' - alegou.
A ativista que fazia parte do "300 do Brasil", uma espécie de movimento pacífico, que gritava palavras de ordem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), passou muitos meses detida em virtude da determinação do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado a incluiu em inquérito que investigava atos antidemocráticos ou contra as instituições.
Durante a prisão domiciliar em que ficou, ela costumava publicar na internet umas "indiretas" para parlamentares conservadores e ligados ao presidente Bolsonaro. Sara queria sua libertação o quanto antes, mas a “palavra final” era da Suprema Corte.
- Pode parecer síndrome de Estocolmo, mas tenho mais a agradecer ao ministro Alexandre de Moraes do que à ministra Damares Alves - disse, em entrevista à revista Veja, em fevereiro deste ano.
Com a soltura, ela passou a disparar críticas mais incisivas contra o Governo Federal e, agora, acusa as deputadas federais Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) de repassar diretrizes para ela de como os atos em crítica ao STF deveriam ser realizados.
- Nós recebíamos diretrizes diretas do Planalto. A Carla Zambelli e a Bia Kicis diziam em quem a gente deveria ‘bater’ ou não. Tínhamos certeza que, se acontecesse alguma coisa, teríamos um respaldo legal, jurídico e econômico. O que aconteceu foi o contrário - disse.
Kicis rebateu a afirmação da ex-feminista e ex-abortista e escreveu nas redes sociais:
- Repudio veemente as afirmações da ativista Sara Winter. Nunca passei qualquer orientação. A única vez que sugeri algo foi quando falei que não atacassem as instituições - avisou a presidente da CCJ.
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