Moraes manda CPI explicar por que motivo quer quebrar o sigilo de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou a cúpula da Comissão Parlamenter de Inquérito (CPI) da Covid-19 informar, em até 48 horas, por que motivo está pedindo a quebra de sigilo e suspensão das redes sociais do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O colegiado foi aberto por determinação do próprio STF e deveria investigar ações e omissões do Governo Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus no Brasil. Além de apurar onde foram parar os bilhões de reais encaminhados pela União a governadores e prefeitos de todo o país. Por isso, a ingerência sobre as redes sociais do chefe do Planalto pareceu descabida.
A Advocacia-Geral da União (AGU), que defende o presidente, pediu que a Corte anulasse essa decisão da Comissão, que aprovou o requerimento do congressista Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI e crítico voraz ao Governo Bolsonaro.
Os senadores de oposição, que fazem parte da cúpula, pediram que Google, Facebook e Twitter forneçam dados sobre as contas oficiais de Bolsonaro, como cadastro, registros de conexão (IPS), cópia de conteúdos salvos e edições feitas nos mesmos. Além da suspensão de todas as redes sociais do chefe do Executivo. O pedido veio logo após o presidente citar um estudo científico, em uma live, relacionando as vacinas contra a Covid-19 e o desenvolvimento da Aids em pessoas que já eram portadoras do vírus HIV.
A AGU rebateu a ameaça, disse que as medidas são ilegais e recorreu ao STF.
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