Ministros do STF consideram relatório da CPI "fraco", diz colunista
Segundo a colunista Carolina Brígido, do Portal de Notícias UOL, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram o relatório da Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 “fraco” e sem provas.
O colegiado trabalhou por 6 meses, indiciou duas empresas e 78 pessoas. Uma delas seria o próprio presidente da Repúblcia, Jair Bolsonaro. Os senadores de oposição alegam que o chefe do Planalto é acusado de nove crimes: prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crime de responsabilidade e ainda crimes contra a humanidade.
Embora a lista de crimes atribuídos a Bolsonaro seja grande, um integrante do STF afirmou à colunista que o único suposto delito do presidente seria o de omissão por atrasos na vacinação contra a Covid-19 e, mesmo assim, a cúpula da CPI teria que provar que houve realmente demora na imunização da população brasileira.
O frágil relatório final já está nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Aras, e do ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes.
A coluna também recordou que o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, que determinou a instauração da CPI no Senado Federal, já tinha se manifestado contra o relatório. Na época, eole afirmou que o documento tinha “mais conotação política do que jurídica.
- Colocar ou não um rol de crimes num relatório é uma decisão política, mas a implicação jurídica é bem reduzida, porque não interfere no juízo que o Ministério Público fará dos fatos que foram apurados - disse Barroso.
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