A fuga de Alcatraz: Uma das histórias mais assombrosas dos EUA

A Ilha de Alcatraz está localizada na Baía de São Francisco nos Estados Unidos.

Alcatraz ganhou grande destaque quando no ano de 1868 passou a ser usada como prisão militar americana. Na época, serviu - também - de cadeia para muitos indígenas marginalizados pelos americanos.

Com o número de detentos crescendo cada vez mais, a penitenciaria necessitou de uma expansão, onde foram construídos dois grandes blocos repletos de celas.

No ano de 1934 foi novamente inaugurada como Prisão Federal de Segurança Máxima. Em suas primeiras décadas, criminosos famosos passaram pelo local, entre eles, Al Capone, Robert Stroud e Whitey Bulger.

Até 1962 a penitenciaria não havia registrado fugitivos. Geralmente, os que se arriscavam acabavam morrendo afogados, assassinados ou capturados. Entretanto, naquele mesmo ano, essa estatística viria a mudar.

Na madrugada do dia 12 de junho de 62, quatro homens tentaram fugir da ilha. Os irmãos John e Clarence Anglin, Frank Morris e ainda o mentor do plano e Allan West.

Usando pequenas colheres, os detentos escavaram suas celas por cerca de sete meses, escondendo os buracos com papel. Os túneis tinham o objetivo de chegar aos dutos de ventilação.

Além da escavação, os detentos fizeram bonecos que os substituíam em revistas para afastar qualquer tipo de alerta dos guardas.

Não foi nada simples. Durante meses, Morris estudou o plano, os turnos dos vigilantes e, inclusive, as torres de luz.

West, por um infame imprevisto, acabou desistindo da fuga de última hora.

Mesmo sem o mentor, o projeto seguiu com apenas três prisioneiros que chegaram ao telhado, desceram pela tubulação, pularam a cerca de arame e, por fim, foram ao mar.

Usando botes e coletes improvisados com capas de chuva, chega ao fim tudo o que sabe sobre a fuga até hoje.

Os guardas só notaram a falta dos detentos por volta das 5 horas da manhã.

Imediatamente a polícia iniciou uma busca pelos homens.

Durante dias, passaram a encontrar restos dos materiais usados na fuga, como remos, capa de chuva e coletes. Todos boiando na Baía.

Os prováveis corpos nunca foram encontrados. O FBI encerrou o caso quando chegou à conclusão de que os bandidos não seriam capazes de atravessar o gelado Oceano Pacífico nadando.

O caso permaneceu desse mesmo jeito até o ano de 2013, quando uma carta escrita à mão chegou ao Departamento de Polícia de São Francisco, esta assinada por John Anglim.

- Meu nome é John Anglim. Escapei de Alcatraz em junho de 1962 com meu irmão Clarence e Frank Morris. Tenho 83 anos e estou muito mal de saúde. Tenho câncer.

Em seguida, o suposto Anglim revelou sua proposta ao FBI: em troca de tratamento médico ele entregaria sua localização, além das informações de que ele viveu muitos anos em Seattle, se mudando para a Dakota do Norte e também para o sul da Califórnia.

Segundo a carta, Morris teria morrido em 2008 e Clarence em 2011.

A carta foi analisada pelos agentes e, apesar dos relatos descritos, como a idade do autor e a caligrafia baterem com as do próprio John Anglim, outros traços como DNA e digitais foram inconclusivos. Portanto, o FBI deu a acreditar que se a carta fosse realmente verdadeira seu autor já estaria morto por conta de sua doença descrita.

A penitenciaria de Alcatraz chegou ao fim no ano de 1963, quando o promotor Robert Kennedy demonstrou que os custos gerados para a manutenção da mesma na ilha eram três vezes maiores que de uma outra prisão qualquer.

Dessa forma, todos os presos e funcionários do presidio foram movidos para a Penitenciária de Marion, no estado do Illinois.

A partir de 1976 a ilha se transformou em um patrimônio histórico, se tornando um dos maiores pontos turísticos que representa a história norte-americana.

Ao longo dos anos, apareceram dezenas de dicas, supostos avistamentos e até fotografias (não conclusivas) dos fugitivos.

Veja:

Matéria publicada originalmente em 01/05/2021.

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