“A cobrança não é de acordo com o que faz dentro de campo, e sim, fora dele”, comenta Thiago Silva sobre críticas a Neymar
O zagueiro brasileiro Thiago Silva foi um dos poucos jogadores que resolveu tomar “partido” na briga entre integrantes da TV Globo e o craque Neymar Jr. Após o atacante do Paris Saint-Germain (PSG) ser ofendido de “idiota”, por voz atribuída ao narrador Galvão Bueno, o atleta postou nos Stories do Instagram a seguinte mensagem:
- Se você precisar de alguém que seja forte por você, saiba que sempre estarei aqui. A Família Silva te ama - homenageou o amigo nas redes sociais, depois do incidente.
Na terça-feira (12), em entrevista concedida, em Manaus (AM), Thiago Silva voltou a dar sua opinião sobre as críticas e pressões psicológicas que Neymar tem acumulado.
- É uma situação bem difícil. Embora a gente saiba que a gente (seleção brasileira) sofre pressão de todos os lados, é uma pressão diferente, parece direcionada, pessoal. Se tem deixado de lado o que ele (Neymar) vem fazendo dentro de campo e focando em outras coisas que não são interessantes - pontuou o jogador.
Thiago Silva, que tem 37 anos, lamentou que o amigo esteja pensando em se aposentar. Neymar tem apenas 29 anos e, nesta semana, comunicou que, talvez, 2022 seja sua última Copa do Mundo.
- Independentemente do jogador, acho que a gente tem que ter um pouco mais de tranquilidade na análise da situação. Por vezes, se fala e depois se arrepende. A gente quando erra dentro de campo, sofre gols, críticas e pressão. Mas, quando uma pessoa fala determinada coisa, ela vai, pede desculpa e age como se não tivesse acontecido. É um pouco mais de coerência. A gente sabe da nossa pressão e da nossa responsabilidade - argumentou.
- Claro que ele se cobra muito. A gente sabe também que tem que fazer melhor, jogar melhor, ter um entrosamento melhor. Ele sabe que não fez um jogo de Neymar. Ele tem essa autocrítica. Mas, a cobrança não é de acordo com o que faz dentro de campo, e sim, fora dele. Fica uma cobrança muito forte de coisas que não têm nada a ver - avaliou.
- Eu passei por momentos semelhantes aqui dentro, principalmente depois da Copa de 2014. Fui tachado como chorão, como fraco, como psicologicamente muito fraco. Coisa que vai te machucando e que você sabe que você não é. Espero que ele (Neymar) não perca essa alegria, continue da forma que ele é. É superespecial. E, quando está alegre, ele desempenha sempre o que desempenhou: jogar bem, vencer jogos, dar passe para gol. Quanto mais ele tiver contente, melhor para nossa seleção - finalizou.
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