Lula afirma a jornal francês que Bolsonaro “vai perder” pleito de 2022
Em entrevista ao jornal francês “Libération”, do qual também foi capa, o ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, afirmou, nesta quinta-feira(7), ter convicção de que o atual mandatário do Brasil, Jair Bolsonaro, vai perder as eleições de 2022.
- Bolsonaro não quer deixar o poder, mas o povo vai decidir o contrário - disse Lula, que foi preso pela Polícia Federal por corrupção e teve boa parte dos processos anulados por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria deles indicados no Governo do PT. Ao mesmo tempo em que foi tornado elegível pelos magistrados brasileiros.
O jornalista Chantal Rayes foi quem entrevistou o esquerdista e escreveu que Lula é um “sobrevivente” da prisão e que ele é o favorito para derrotar Bolsonaro na próxima eleição.
- É um Lula em boa forma, gravata vermelha e todo sorrisos, que recebeu o Libération dia 30 de setembro no modesto recinto de sua formação, o Partido dos Trabalhadores. Sem dúvida nenhuma: o ex-metalúrgico está de volta, depois de parecer se distanciar de um PT menos popular - derreteu-se o comunicador.
- O que posso dizer é que estou bem disposto. A probabilidade de eu ser candidato é, portanto, muito alta - afirmou o petista.
- Muitos pensam que estou brincando quando digo que ainda estou pensando (sobre concorrer à Presidência em 2022). É difícil para eles imaginar que alguém que aparece em todas as pesquisas ainda não tenha declarado sua candidatura - explicou, referindo-se aos levantamentos feitos por amigos como a dona do Magazine Luiza, Luíza Trajano, aliada de décadas.
- Estamos discutindo isso dentro do PT, mas também com outros partidos e organizações da sociedade civil; a fim de construirmos uma aliança para governar o Brasil a partir de 2023. Provavelmente, vamos tomar uma decisão em janeiro ou fevereiro - emendou.
Lula disse estar “convencido de que Bolsonaro perderá (as eleições) e deixará o poder, como deveria. Ele, então, sem dúvida, terá que responder perante os tribunais por seus atos arbitrários.”
Ao acusar Bolsonaro de “genocida”, o petista foi confrontado pelo repórter se não seria um termo inapropriado.
- Pode parecer extremo, mas ele merece! Um dia ou outro, ele será julgado por um tribunal internacional por todas as mortes que poderiam ter sido evitadas se ele tivesse feito a coisa certa - alegou, acrescentando que irá regulamentar a mídia no país para evitar que jornalistas escrevam mentiras ou equívocos.
- Uma reforma (regulamentação da mídia) que já foi feita em outros lugares, mas que está causando pânico, sabe Deus por que, entre os chefes de imprensa brasileiros – despistou.
- Ouvi-los dizer que regulamentar é censurar é uma mentira - disse.
À imprensa europeia, Lula voltou a afirmar que o presidente Bolsonaro não gosta de alguns grupos da sociedade.
- Ele não gosta de pobres, nativos americanos, negros, mulheres, pessoas LGBT, sindicatos ou democracia - concluiu.
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