Gigante imobiliária chinesa gera pânico no mercado financeiro
A gigante imobiliária chinesa, a Evergrande, tem um passivo que passa dos US$ 300 bilhões. O valor é tão alto que é maior que toda reserva em moeda estrangeira do Brasil.
Sem dinheiro suficiente para pagar os credores, o mercado financeiro “surtou” com o temor de que a empresa anuncie um imenso calote e isso provoque um “efeito cascata” dentro da segunda maior economia do mundo; o que poderia contaminar o resto do mundo porque a economia está toda interligada e investidores e grandes fundos detém parte das dívidas.
Nesta segunda-feira (20), as ações da Evergrande despencaram e, consequentemente, as bolsas de Nova York também sofreram queda brusca com medo de ser contagiadas e o Ibovespa sentiu o reflexo. Pois, as ações das brasileiras Vale, Usiminas, Gerdau e CSN foram impactadas, de imediato. É que o preço do minério de ferro caiu. O produto é muito requisitado pela chinesa, que constrói casas populares. Mas, se a procura da Evergrande diminuir, reduzem também as exportações das companhias no Brasil.
Mas, os especialistas não acreditam que possa se repetir a crise financeira de 2008, quando o banco americano Leman Brothers faliu e afetou as principais economias do mundo, gerando uma grave crise econômica.
Além dos mais, espera-se que o governo chinês intervenha, compre a dívida; a fim de que a empresa consiga terminar as residências locais, um grande problema no país. Fora isso, o presidente Xi Jinping tenta o terceiro mandato, em 2022. E, depois do grande salto em 2020, ele não vai querer morrer, literalmente, na praia.
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