Leite aposta na Terceira Via e na atração de partidos “não tão críticos” ao Governo Bolsonaro
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), provavelmente, será o escolhido da sigla para representar o partido nas eleições de 2022. Ele é tido como o candidato “perfeito” para a chamada “Terceira Via”, da qual o ex-presidente Lula, ironizou.
Isso porque dirigentes da legenda alegam que Leite teria uma suposta imagem “conciliadora”, que agrega partidos de centro e centro-direita em uma chapa futura; já que João Doria (PSDB), governador de São Paulo, teria muita dificuldade de conseguir.
E parece que Leite já tem incorporado esse novo personagem para a disputa do ano que vem, em vídeo com tom “conciliador” para o feriado nacional de 7 de setembro, quando o Brasil se uniu em manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro, Leite vestia amarelo e disse que o Brasil precisava "voltar para o centro".
Em 2019, Leite chegou a admitir:
- Me chamaram para esse jogo do centro -
Essa postura “conciliadora” de Leite tem um motivo: unir partidos em torno do nome dele, inclusive aqueles que são críticos ao Governo Bolsonaro, mas sem exageros.
- O perfil dele (Leite) é o perfil que a gente espera nesse momento de polarização no Brasil e na política, um país que tomou um rumo de 'nós contra eles'. O Eduardo representa o inverso. Ele tem sua posição muito clara, mas tem sensibilidade e governa para todos, entende que agregar é muito mais importante do que dividir - afirma o deputado federal Lucas Redecker (PSDB-RS).
Embora boa parte do PSDB, que é uma das maiores siglas do Brasil, esteja alinhada a Leite; o presidenciável ainda precisa passar por cima do pessimismo de candidatos como o ex-presidente Lula que, recentemente, comentou não haver espaço para a “terceira via no Brasil”.
- A Terceira Via tem que me derrotar no primeiro turno ou derrotar o Bolsonaro no primeiro turno. Não há espaço para Terceira Via (...) Estamos caminhando para uma disputa política entre o PT e o Bolsonaro - definiu Lula.
Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada na sexta (17), a rejeição ao nome do governador gaúcho vem diminuindo e caiu de 21% para 18%. Os aliados comemoram, mas fica uma dúvida: Leite conseguiria trazer para o seu lado partidos como o MDB e o PSD, que já foram congregados ao PT. Ou será que Lula tem razão?
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