Oposição cria grupo de WhatsApp pró-impeachment, mas pedido não tem adesão de muitos partidos
Após as imensas manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro e de uma postura mais ética dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram realizadas nesta terça-feira (7), data em que se comemora a Independência do Brasil, os partidos de oposição ao Governo Federal começaram a se movimentar em torno do pedido de impeachment do presidente.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, foi uma das primeiras a falar e criticou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) que, em post nas redes sociais, defendeu o protesto ordeiro e democrático de milhares de brasileiros em várias capitais do Brasil.
- Hoje, o presidente do Supremo, Luiz Fux, colocou o problema: a política do caos e o crime da responsabilidade. Cabe à Vossa Excelência, como presidente desta Casa, tomar as providências devidas, sob temor das próxima ofensiva bolsonarista ser o fechamento da Casa que preside – alegou ela, que já foi processada por corrupção.
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) dos governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) já discute quais os “eventuais crimes de responsabilidade” cometidos por Bolsonaro, no 7 de setembro. Até o momento, não identificaram nada, mas a direção da sigla decidiu que fará oposição ao Governo Federal.
Por outro lado, o Podemos resolveu não aderir ao movimento a favor do impeachment do presidente e argumentou que daria espaço a “nova crise política”. O mesmo fez a executiva do Partido Social Liberal (PSL). Na Câmara, a maioria dos filiados à legenda se mantém em apoio ao chefe do Planalto.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apressou-se no pedido de impeachment e acionou o STF contra Bolsonaro. O parlamentar alega que o presidente tem que ser investigado por supostos crimes de “atentado contra a ordem constitucional, ao Estado Democrático de Direito e à separação dos Poderes”. Além de “eventual financiamento dos atos” organizados neste 7 de setembro e por suposta “utilização indevida da máquina pública, do dinheiro público e de helicópteros em favor desses atos”.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT), por sua vez, protocolou notícia-crime na Corte para investigar o presidente por falas durante as manifestações.
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