Moraes autoriza que Jefferson trate infecção em hospital particular

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou, neste sábado (4), que o ex-deputado federal e atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (PTB), seja transferido para o Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, para tratamento de infecção urinária e fortes dores nas costas. Ele deve voltar ao sistema penitenciário, após melhora.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro já havia informado ao ministro a "insuficiência, por ora, do tratamento médico recebido no hospital penitenciário".

- Em relatório, subscrito pelo médico Itauan Vieira Espínola, foi constatado que o custodiado está com quadro de infecção urinária, além de reclamar de dores na lombar - afirmou a Secretaria.
- Consideradas as alegações da Defesa em relação ao quadro de saúde do preso e verificando a necessidade de tratamento médico fora do estabelecimento prisional, nos termos do art. 120, II, c/c 14, ambos da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/ 84), vislumbro ser possível a autorização para a saída do custodiado - escreveu Moraes.

A deputada federal, Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, comemorou a decisão do Supremo.

- Papai vai para o hospital! Glória a Deus!, disse, emocionada.

Jefferson tem um quadro de saúde bastante atípico e complicado. Ele tem diabetes, hipotireoidismo, diverticulite e câncer de Pâncreas.

Mesmo com todo esse diagnóstico, Moraes disse que é preciso manter a prisão preventiva dele.

- Necessária e imprescindível à garantia da ordem pública – alegou.

Antes do ministro se decidir sobre o tratamento do ex-parlamentar fora do sistema prisional, Cristiane divulgou carta escrita pelo pai, em que se queixava de ser um preso político por crime de opinião e pedia para ser tratado por uma equipe médica multidisciplinar.

- Estou no meio de uma infecção renal que não cede. Estou com pielonefrite desde antes de ser preso, para cá vim em tratamento (...). A infecção renal é causada pela falta de sangue, e a falta de sangue é disfunção cardíaca grave - detalhou.

Roberto Jefferson era presença das mais esperadas nas manifestações pela impressão do voto eletrônico e democracia no dia 7 de setembro. Ele vinha convidando a população a protestar contra a postura ativista do Judiciário. Mas, foi preso no dia 13 de 13 de agosto, sob suposta acusação de integrar uma “milícia digital”.

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