Após Bolsonaro vetar integralmente fundo eleitoral, Reforma Trabalhista é derrotada no Senado

Por 47 a 27 votos, a Medida Provisória 1.045, a chamada minirreforma trabalhista, que havia sido aprovada na Câmara dos Deputados, foi derrotada, nesta quarta-feira (1), no Senado Federal de Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

As matérias do Governo Bolsonaro vêm encontrando resistência para serem aprovadas no Senado. Congressistas têm revelado a interlocutores que, se a situação perdurar por muito tempo, “não passa nada de interesse da União” na Casa.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara e aliado do presidente Jair Bolsonaro, avalia com preocupação o caso e disse que havia um acordo firmado entre as duas Casas, mas que foi quebrado. Ainda há dois projetos importantes para o Governo Federal: a Reforma do Imposto de Renda e o novo Código Eleitoral.

Confúcio Moura (MDB-RO), relator da proposta, até tentou buscar alternativas para viabilizar a votação do texto e retirou todas as normas incluídas pelos deputados que mudavam diversas regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Mas, o ensaio não foi suficiente para convencer os parlamentares.

Embora 30 senadores tenham discursado na votação, justificando que a rejeição do texto seria em virtude das relações trabalhistas ruins para os jovens, há quem interprete de forma diferente e relacione ao veto integral do presidente Bolsonaro ao fundo eleitoral, dinheiro público que banca as campanhas eleitorais no Brasil.

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