Rússia multa quem protestar a favor dos direitos das mulheres afegãs
As russas Artemy Pityukov e Ksenia Bezdenezhnykh foram punidas pela Corte de Presnensky, nesta sexta-feira (27), por fazerem um protesto a favor dos direitos das mulheres afegãs. As mulheres foram processadas por fazerem uma “pequena performance” diante da Embaixada do Afeganistão, em Moscou, na segunda-feira (23).
O Governo de Vladimir Putin disse que Artemy e Ksenia são “reincidentes” no crime e, por isso, cada uma deverá pagar 200 mil rublos russos (ou R$ 14 mil) por “violar a ordem pública”.
Após o Governo dos Estados Unidos, sob comando de Joe Biden, ter retirado as tropas americanas do país, o grupo terrorista Talibã tomou conta do local. Muita gente tenta fugir de lá. São famílias inteiras que lutam para não serem desmembradas e nem morrerem.
O Talibã já avisou que não haverá governo democrático no país e que todos deverão seguir a lei islâmica, que pune severamente mulheres, crianças, homens e convertidos a outras religiões.
As afegãs dizem que, no país, a lei é aplicada de forma seletiva e que só penaliza os mais fracos. Recentemente, até a polícia e o Exército do Estado foram acusados de estupros e não são episódios isolados. É uma das rotinas diárias a que mulheres e meninas são submetidas no país.
Putin tem boa relação com os extremistas do Talibã. Em março deste ano, Mullah Abdul Ghani Baradar, cofundador e líder político do grupo terrorista, caminhava livremente junto a outros membros do clã pelo saguão de um hotel em Moscou, cidade escolhida para sediar a “Conferência de Paz Afegã”.
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