Moraes diz que STF entrou no modo “bateu, levou”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou, durante um encontro com a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta terça-feira (24), que o Supremo entrou no modo “bateu, levou”. Mas, apesar disso, alegou que não haverá ruptura institucional.
No encontro com os senadores de oposição que fazem parte da cúpula da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Cidadania-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), o ministro afirmou que a Corte não vai mais admitir as críticas do presidente da República, Jair Bolsonaro, aos integrantes do Supremo.
Moraes, que é ex-Secretário de Segurança Pública de São Paulo, está atuando politicamente e usando sua influência para descartar a possibilidade de que PMs do Estado participem dos atos democráticos no dia 7 de setembro.
Os senadores de oposição ao Governo Bolsonaro aproveitaram a oportunidade e pediram que o ministro compartilhe com a comissão informações do chamado inquérito das Fake News do Supremo.
- Tudo aquilo que se tratar de Fake News em relação à propagação de medicamentos que não foram comprovados cientificamente, que contribuíram para a morte de brasileiros e brasileiras, é de responsabilidade da CPI. Nós queremos esse compartilhamento porque é o mesmo núcleo. O mesmo núcleo que pede o fechamento do Congresso, do Supremo, é o núcleo que é negacionista, que defendia imunização de rebanho, que defendia medicamentos não comprovados. O papel da CPI é que eles estejam no relatório final para que a gente não permita que isso continue acontecendo - disse Aziz, presidente da CPI.
Sobre o pedido de impeachment contra Moraes, protocolado no Senado Federal do presidente Bolsonaro, Aziz, que é investigado por pedofilia e é processado por desvio de recursos públicos da Saúde do Amazonas, ironizou.
- O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, tem que arquivar o mais rápido possível, pegar e arquivar e jogar lá no fundo de uma gaveta - zombou.
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